Conversas sobre literatura, livros, escrever e ler

"Há semanas que, salvo duas breves interrupções, não pronuncio uma só palavra; a minha solidão fecha-se, enfim, e estou no meu trabalho como o caroço no fruto." René Maria Rilke

"A solidão que acontece ao escritor por força da obra revela-se nisto: escrever agora é o interminável, o incessante." Maurice Blanchot

domingo, 13 de setembro de 2009

O meu poeta de cabeceira

O enigma

Será sempre
este esquecido alfabeto
cujas letras são nuvens,
tocando suavemente o nosso olhar
e os lagos?
O que diz a água
dentro dela antes de tocar a terra?
O que sussurra no ouvido da água o ar?
Como decifrar essa chuva imóvel para os mortos?
E essa outra chuva que escreve vida no ar?

(Marcelo Ariel)

3 comentários:

  1. Ual!!! Quantas imagens..... Que riqueza... Parabéns João; Parabéns Ariel.

    Antonio

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  2. Ele é ótimo, mesmo!
    Estou te linkando pra encurtar caminho ;)
    beijos!

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  3. Em tempo: é muito bom ver você de volta a cyber-life! Fez falta.

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